E chegou o fim: o melhor e o pior da 3ª temporada de Dark

Escuro

Escuro Chegou há poucos dias com sua terceira temporada na Netflix, dando o toque final em uma das melhores propostas do catálogo da plataforma. Foi um viagem intensa, muito intenso, e tremendamente caótico, mas tudo faz sentido agora, após 26 episódios de transmissão. é hora disso vamos revisar o que esta última parcela nos deixou e vamos olhar com perspectiva se a série atendeu às expectativas ou não.

alerta de spoiler: embora seja bastante evidente, tenha em mente que este artigo fala livremente sobre a terceira temporada de Escuro. Leia por sua conta e risco.

O fenômeno alemão é chamado Escuro

Uma série alemã sobre viagens no tempo? A princípio, parece que não soou muito atraente para o público em geral. Escuro chegou como produção própria da Netflix em 2017 sem fazer muito barulho e passou bastante despercebido durante as primeiras semanas de transmissão.

No entanto, de repente, os usuários perceberam o jóia que este título de apenas 4 letras escondia: uma história tremendamente complexa e divertida onde prevalece a sensação de que tudo foi perfeitamente e engenhosamente bem planeado desde o início.

E é que só assim é possível desenvolver um projeto como este. Seus criadores Baran bo Odar e Jantje Friese Eles conseguiram criar uma trama fantástica onde não havia muito espaço para improvisação, dadas as idas e vindas dos personagens em suas diferentes épocas e as relações estabelecidas entre eles.

Agora é hora de rever o que eu mais gostei dessa última temporada (levar a série em perspectiva Escuro completamente) e o que menos me convenceu do resultado. Vamos com isso.

O melhor e o pior do final de Escuro

O melhor da terceira temporada

  • Ele conseguiu manter o interesse. Foi complicado mas Odar e Friese conseguiram manter o interesse em todos os capítulos, sempre querendo ver o próximo e continuar descobrindo o que está acontecendo.
  • o bom casting. E não estamos dizendo isso pela interpretação, mas pela grande semelhança física entre os atores que interpretam o mesmo personagem. Os responsáveis ​​pelo projeto sempre souberam procurar pormenores comuns na fisionomia de todos para que fosse muito mais credível que se tratasse da mesma personagem em idades diferentes. Embora também tenha sido jogado em algumas ocasiões com vantagem, é claro. É o caso do filho de Martha e Jonas, que em sua versão idoso e adulto são de fato família: pai e filho para ser mais exato.

Escuro

  • A banda sonora. Pouco se fala sobre a música que acompanha Escuro. A escolha das músicas para cada capítulo foi muito boa, principalmente na hora de nos mostrar as transições em câmera lenta características, na segunda parte de cada capítulo.
  • Não é um final "feliz" para os protagonistas. Fazendo jus ao nome, a série termina de forma um tanto melancólica já que os personagens principais, Jonas e Martha, finalmente desaparecem e se sacrificam para que o mundo de origem nunca se desenrole e uma nova história seja escrita.
  • Tudo bem amarrado até o fim. Depois de duas temporadas repletas de datas, personagens e viagens no tempo capazes de influenciar o “futuro”, ficou mais do que claro que aqui não havia espaço para improvisação e que tudo estava muito bem amarrado e planejado desde o início. A terceira temporada, ainda mais complexa se possível, volta a mostrar isso, sem deixar pontas soltas. Bravo.

O pior da terceira temporada

  • Muito caos? Assim como digo que a terceira parcela foi a mais complexa, também é justo reconhecer que talvez eles tenham ido longe demais. Caso não nos cansássemos de viajar no tempo para anos diferentes, agora nos deparamos com um mundo paralelo, o de Eva, onde também há viagens e consequências semelhantes às de Adam, que podem saturar um pouco a trama, junto aos muitos em aberto frentes que apresenta.
  • muitas voltas no mesmo. Derivado do exposto, nesta temporada cheguei a ter a sensação em alguns momentos de que algumas cenas “andavam juntas”, girando em torno da mesma ideia muitas vezes. Os personagens, principalmente Adam, Eva e Claudia Tiedeman, repetem seu mantra às vezes de forma exagerada.
  • O momento Interestelar sobrando. se você viu Interestelar Você sabe do que estou falando: no último episódio, quando Jonas e Martha atravessam o túnel da caverna no momento em que ela é aberta pela primeira vez, eles acabam em um espaço indefinido no qual estão absolutamente sozinho. Então eles verão o outro como uma criança através de um armário, deixando claro que quando eram crianças passaram a perceber aquela presença. Isso lembra quando Matthew McConaughey chega ao buraco negro, também sem espaço ou tempo definido, e consegue ver sua filha através de um móvel, que acaba percebendo sua presença.

Escuro

Foi a temporada 3 a melhor de todas? Claro que não. Acho que o primeiro, pela novidade, e o segundo, pela forma de registrar e contar tudo, foram superiores. Estou satisfeito com o final? Sim, porque embora não seja o ideal, terminou com dignidade, sem esticar a série de forma absurda e, sobretudo, fazendo com que compensasse o fantástico percurso iniciado em 2017.


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  1.   Mário Alberto Carpegna dito

    Análise parecida com a que fiz para mim no final, a coisa de ser um pouco blá às vezes (compreensível pela quantidade de coisas que tentam mostrar), a repetição de "mantras"….
    E sorri ao ler a referência a interestelar, pois foi a primeira coisa que pensei ao ver aquela cena...

    1.    Drita dito

      Como grande fã de Interestelar até me senti insultado! ;-P Sem brincadeiras, sim, a verdade é que ele lembra muito. Eu me pergunto se é mesmo uma piscadela deliberada do diretor.

      Fico feliz que tenha gostado da resenha e que concorde com sua opinião! Afinal, o cinema é uma arte muito subjetiva e é fácil e difícil ao mesmo tempo concordar.

      Obrigado por comentar!
      Atenciosamente, Mário!

  2.   Robert Lescieur dito

    A verdade é que a série foi de mais para menos desde a primeira temporada, nesta terceira só aguentei ver um capítulo por dia, pena que para uma série tão complexa acabou com um deus ex machina.
    O melhor da primeira temporada, o pior o desenho de Martha como uma velha com cheiro de V de Vingança